segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Feliz Natal, Paz,Saude,Felicidade e Muita Reflexão nesses Tempos Dificeis. Veja como é comemorado o Natal nas diversas religiões.














Catolicismo

Mesmo sem consenso sobre a data, os católicos comemoram o nascimento de Jesus em 25 de dezembro. A data marca o solstício de inverno e foi adotada pela Igreja Católica no século 3 durante o Império Romano para os povos pagãos se converterem ao catolicismo. Mas, como esta data é comemorada nas outras crenças? Saiba aqui o que é o Natal para cada religião.

Religiões de origem africana

Os umbandistas comemoram o Natal no mesmo dia em que os católicos, na religião inclusive há uma corrente chamada Umbanda Cristã. Para eles, Oxalá – que no sincretismo religioso é associado a Jesus – é o primeiro espírito encarnado que fala sobre a vida espiritual. A celebração é o momento de agradecer a Oxalá e praticar o amor entre as pessoas. Os adeptos do Candomblé não comemoram o nascimento de Jesus, porém celebram a importância do início da vida.  


Povos indígenas

A celebração natalina dos povos indígenas teve início no Período Colonial, devido à influência católica. Com a mistura, eles rezam, fazem a leitura da Bíblia, entoam canções natalinas em seus idiomas e celebram uma missa onde a tapioca faz as vezes da hóstia. Para os povos indígenas o Natal não significa nada, apenas uma festa.


Protestantismo 

O Natal para os evangélicos gera discussões. Os protestantes comemoram fazendo uma reflexão sobre a presença de Cristo na Terra, assim como os evangélicos membros da Assembleia de Deus. Estes fazem peças teatrais, ceia, mas não possuem presépios.
As Testemunhas de Jeová não celebram pelos seguintes motivos: a Bíblia não fala quando Jesus nasceu, os apóstolos e os primeiros discípulos não comemoravam, por ser uma festa pagã, pela incorporação de itens folclóricos como Papai Noel e principalmente pela transformação em uma data comercial.

Islamismo

Os islâmicos não festejam o Natal. O povo muçulmano reverencia o profeta Mohamed que complementou os ensinamentos de Jesus. As festas religiosas mais importantes são o Eid El Fitr, depois do Ramadan (mês do jejum) e o Eid Al Adha, em comemoração à obediência do Profeta Abraão a Deus.

Judaísmo 

Os judeus não celebram o Natal. No dia 24 é comemorado o Hanukah, festa das luzes em hebraico, data em que o povo judeu venceu a luta contra os gregos pelo direito de exercer sua crença. A festa dura 8 dias e para cada dia é acendida uma vela. São servidas panquecas de batata e roscas com geleia. Não há troca de presentes, entretanto as crianças costumam ganhar dinheiro à meia-noite.

Budismo

O Natal para o budismo é algo espiritual, ou seja, os budistas veem Jesus como um “Bodhisattva”, um ser elevado que ama a humanidade e faz sacrifícios por ela. A data mais importante é o Visakha Bucha, comemoração do nascimento, a iluminação e a morte de Buda. Geralmente, a festa acontece em maio, em dia de lua cheia segundo o sexto mês lunar.

Espiritismo

O espiritismo não é uma religião, portanto não há dogmas. As obras kardecistas não fazem menção à data e os espíritas celebram o Natal como julgarem apropriado.
Amor e união são os verdadeiros significados do Natal. Esses valores estão intimamente ligados à espiritualidade..

domingo, 23 de dezembro de 2018

Após financiamento coletivo, projeto de quadrinhos que busca quebrar preconceitos é lançado.

‘Contos dos Orixás’ transforma divindades afro em super-heróis de gibi"

O Rei Xangô, protagonista de Contos dos Orixás. O livro (Graphic Novel) de 120 páginas traz histórias de mitos do povo Yorubá no estilo dos heróis em quadrinhos da Marvel. O projeto do quadrinista Hugo Canuto, 32 anos, começou em 2016. Primeiro, com pôsteres e revistas. Dois anos e meio depois, acaba de ficar pronta a história em quadrinhos com narrativas cheias de ação com Yemanjá, Iansã , Oxum e outros. O lançamento foi em São Paulo, no CCXP (Comic Con Experience), no São Paulo Expo, na Rodovia dos Imigrantes, km 1,5, que aconteceu quinta-feira (6/12) até domingo (9/12).


Contos dos Orixás só foi possível por um financiamento coletivo bem sucedido pela internet. Embora a campanha ainda esteja no ar até 18 de janeiro de 2019, no Catarse, o crowdfunding que era de 20.000 reais atingiu três vezes essa meta. Dependendo do valor da colaboração, é possível receber revistas impressas e o livro em casa. Como Hugo consegui mais do que esperava, decidiu destinar parte do recurso para programas sociais de Salvador, sua cidade natal. Também serão doados 100 exemplares para espaços culturais.

O apoio veio principalmente do mundo dos quadrinhos e de muitas comunidades religiosas que cultuam os orixás como Candomblé, Umbanda e Santeria Cubana. “Tratamos o tema com respeito e cuidado, de modo a honrar a cultura e herança espiritual africanas, não entrar em polêmicas ou expor fundamentos sagrados”, explica Canuto. “Hoje, nosso trabalho é constantemente utilizado como referência em salas de aula, presente em livros didáticos, citado por teses universitárias e exposições em países como Estados Unidos e Inglaterra”.

Apesar de não ser uma obra estritamente religiosa, Canuto sabia da responsabilidade em falar sobre figuras sagradas para tantas pessoas, ainda mais sendo um autêntico soteropolitano. Fez a lição de casa. Visitou terreiros e estudou muito. “Tivemos sugestões, acompanhamento, com destaque para o professor Mawô Adelson S. de Brito, sacerdote e físico, principalmente nas questões da língua e cultura Yorubá, de quem fui aluno”.

Canuto explica que os Yorubá são uma das mais tradicionais civilizações da África Ocidental, originalmente de territórios onde hoje estão a Nigéria, e partes do Benin e do Togo. “Através da terrível diáspora, parte dos saberes disseminou para Brasil e Cuba”, conta. O artista lamenta a falta de representatividade da cultura afro-brasileira no nosso dia a dia. 

“Acredito no poder da arte e das histórias para transformar mentalidades, desconstruir pré-conceitos e ampliar os horizontes críticos e da imaginação”. Talvez esse seja o super-poder de

Hugo Canuto: com um papel, um lápis e uma ideia distribuir mais que revistinhas. Uma ferramenta para dissolver preconceitos. “É um instrumento de força e empoderamento artístico na luta cotidiana por respeito, reconhecimento e resistência seculares”, conclui.


https://brasil.elpais.com/brasil/2018/12/07/cultura/1544220206_964262.html

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

O mistério da múmia oculta em uma estátua de Buda

Zhang Qisan era um monge budista chinês que morreu entre 1022 e 1155 e era reverenciado em Yangchun e Dong Pu, cidades localizadas na província de Fujian, sudeste da China. Sua múmia permaneceu oculta durante um milênio dentro de uma escultura de um Buda sentado e sorridente, banhado em ouro.


Desaparecido por décadas, os moradores locais acreditavam que haviam perdido o patriarca local para sempre. Até que, em 2013, foi feita uma tomografia computadorizada de uma figura semelhante que incluía um corpo mumificado cujo dono legal era o colecionador holandês Oscar van Overeem.

As fotos do Buda mumificado, de 1,2 metro de altura, apoiado na mesa de um scanner do Centro Médico Meander, na província de Utrecht, deram a volta ao mundo. Os habitantes de Yangchun as viram em 2014 e reconheceram de imediato o monge perdido. "Quando o separaram de sua base, encontraram rolos de tecido com caracteres chineses. No interior, havia um homem perfeitamente mumificado e, presumivelmente, ele se preparara para a própria mumificação. Um ascetismo extremo que inclui uma dieta rigorosa para se livrar da gordura corporal e um chá venenoso que causa vômitos e impede que vermes danifiquem o corpo. Se tudo corresse bem, após a morte era levado a um templo como um Buda", explicou Vincent van Vilsteren, curador de Arqueologia do museu holandês de Drenthe, onde a imagem estava exposta.

Segundo o site do Instituto de Arqueologia da Academia Chinesa de Ciências Sociais, o monge em questão "se chamava Zhang Qisan e era um médico reverenciado por seus pacientes e vizinhos, e que ajudou a superar epidemias". Duas camadas de roupa foram esculpidas sobre a própria imagem: "primeiro um tecido e, em cima, um traje com flores e dragões, símbolo de longevidade e poder". Um cinto preto pende de seu ombro esquerdo e atrás dele há uma inscrição onde a palavra Buda pode ser lida. Na posição de lótus, sentado de pernas cruzadas, o rosto esboça um sorriso.

Van Overeem, que em 1996 pagou 40.000 euros pela figura em Hong Kong, argumenta que não é a mesma reivindicada pelos demandantes chineses, mas pensou em colaborar para sua devolução. Com o tempo, começou a ter dúvidas. "Disseram-me que a estátua desaparecida tinha um buraco na mão esquerda, entre o indicador e o polegar. Tão grande que cabia outro dedo dentro. O pescoço, por outro lado, devia estar quebrado, e não era assim na escultura que eu comprei", afirmou aos juízes em outubro, durante as audiências preliminares. Jan Holtius, advogado dos demandantes chineses, respondeu que o proprietário se recusou a permitir uma investigação independente para corroborar suas reivindicações.

O choque não beneficiou seus clientes, porque então Van Overeem não tinha mais o Buda. A publicidade gerada pelo caso o incomodava e, em 2015, ele o doou "sem papelada a um empresário chinês que só me deu seu nome em inglês, usado para facilitar a pronúncia", afirmou. "Ele queria devolvê-lo para a China, mas não vou dizer o nome dele", disse ao tribunal. Apesar do revés, nem tudo está perdido para os comitês chineses, que ainda podem recorrer da decisão do tribunal. Também não se descarta a possibilidade, segundo se especula nos tribunais de Amsterdã, de que o novo proprietário "negocie com uma família de Taiwan a devolução da figura à população que a reivindica".

Eufóricos, os fiéis de duas cidades Chinesas, pediram sua devolução. Dois comitês chineses de moradores entraram com uma ação nos tribunais de Amsterdã. no dia 13 de Dezembro de 2018, quarta-feira,perderam a causa porque, como grupo, não têm personalidade jurídica e o caso é inadmissível.




https://brasil.elpais.com/brasil/2018/12/13/cultura/1544689208_919126.html