No Natal da Espanha, as ruas se iluminam com luzes coloridas, as praças se enchem de feiras e produtos típicos, os familiares se reúnem na véspera do natal (24 de dezembro), tem a Missa do Galo no dia de Natal (25 de dezembro), até chegarmos no dia 31 de dezembro para o fim do ano. As comidas típicas são cordeiro, peru, nozes, doces, em cima das mesas junto a velas, flores, etc. No último dia do ano os espanhóis se sentem na frente da televisão e comem uvas doces, e esse hábito surgiu por causa de um motivo meramente comercial: os produtores da fruta precisavam vender mais as uvas no fim do ano e diminuíam os preços, o que fez com que ela se tornasse um alimento bastante consumido nessa época e esse hábito perdura até hoje.
Além disso, as casas são adornadas com enfeites, árvores de natal e canções natalinas...
Mas, como são as tradições de outros lugares do mundo?
Na Alemanha, por exemplo, no dia depois da véspera do Natal, as crianças ficam esperando ansiosamente pelos presentes. Quando soa uma campainha, que está colocada atrás da porta da sala, as crianças saem correndo porque sabem que embaixo da árvores estão os seus presentes. Entretanto, elas não podem abrir antes que cantem uma canção natalina chamada “Stille Nacht, heilige Nacht”.
Na Bélgica o costume é sair para patinar na véspera do Natal, depois da ceia. A família inteira coloca os patins e começam a patinar nos rios congelados. No dia 4 de dezembro São Nicolas visita as crianças para checar se elas se comportaram bem ao longo do ano. Vinte dias depois, ele volta com presentes e doces para as crianças boas e um galho no sapato daqueles que não se comportaram.
Já os finlandeses gostam de colocar pequenas bandeiras de vários países em suas árvores de natal para simbolizar a união e paz entre os povos e culturas. Eles têm uma antiga tradição, a “pikkujoulu”, ou Pequeno Natal, que nos dias próximos a véspera de Natal eles saem dos seus trabalhos para fazerem as decorações natalinas.
Na França o espírito natalino começa no dia 6 de dezembro, com a chegada de São Nicolas que traz presentes às crianças. Porém, desde o dia 25 de novembro já é possível perceber que o Natal está chegando porque é dia de Saint Catharine.
A grande maioria dos irlandeses é católica e, por isso, os costumes natalinos estão bastante enraizados na sociedade. Uma das principais características da tradição da Irlanda durante o Natal são as velas: coloca-se uma grande vela branca na entrada da casa ou em uma janela. A pessoa mais nova da casa deve acender essa vela na véspera do Natal para que a Sagrada Família possa ser bem-vinda, e a vela só pode ser apagada por uma menina ou por uma mulher chamada Maria.
Na Itália a última noite do ano é chamada de "Notte di Capodanno”, e é tradição comer um prato de lentilha antes de sair para as festas de despedida do ano. Além disso, as mulheres costumam se vestir de vermelho nesse dia porque acreditam que a cor possa atrair sorte para o ano seguinte. Quando o relógio dá meia-noite, em Roma e Nápoles eles jogam fora um sapato velho para começar o ano novo com o pé direito.
“Um presente, um poema”: esse é o lema do Natal na Letônia. O costume no país diz que logo após a ceia, na noite de Natal, deve-se buscar os presentes na árvore de natal, mas, antes de abrir, recitar um pequeno poema. Outro costume é reunir bastante madeira para acender fogueiras no último dia do ano para acabar com todos os infortúnios e problemas do ano anterior.
Na Polônia o presépio tradicional inclui fantoches, algo único no mundo. No presépio, existe um pequeno palco voltado para as marionetes. Lá, eles representam episódios clássicos do Natal, como o nascimento de Cristo, além de histórias satíricas e de conduta. Na véspera do Natal toda a família se reúne para a ceia e em cima da mesa é colocada uma toalha a mais, com uma hóstia em cima, em que todos os familiares a comem como símbolo de reconciliação.
As tradições natalinas do Reino Unido são os clássicos viscos, que protege contra demônios e traz sorte aos lugares. Além disso, é muito comum os “crackers”, bombinhas que explodem ao serem partidas em dois.
Devido ao grande consumo de álcool durante as festas natalinas na Suíça, foi criada no país uma organização chamada “Nariz Vermelho”, formada de pessoas que ficam nas ruas vigilando os motoristas que possam aparentar estarem embriagados e dirigindo. Eles levam essa pessoa até a sua casa, sem que ofereça perigo a ninguém.
O dia 6 de dezembro é o dia de São Nicolau, que tem como acompanhante a ajudante “Schmuzli”, que em alemão significa aquela que ri por dentro. Os dois visitam as crianças e conferem em seus cadernos se elas se comportaram bem, ou não. Se sim, elas recebem uma bolsinha com amêndoas, nozes, mexericas, figos e chocolates.
Os judeus evidentemente não celebram o Natal, mas durante o mês de dezembro com as datas natalinas eles têm uma celebração chamada “Januka”, uma festividade judia em que as crianças recebem presentes de seus familiares. Esta comemoração obviamente só é feita dentro do ambiente familiar, e não em igrejas judias.
Na Austrália, o Natal é comemorado durante o verão e, ao contrário do cenário de frio e neve encontrado no hemisfério norte, os eventos natalinos acontecem em praias e durante o calor.
Nas Filipinas, um dos poucos países asiáticos com tradições católicas, já que foi uma colônia espanhola, a comemoração do Natal é muito parecida com a da Espanha, inclusive com a missa do galo e outras tradições europeias.
As lâmpadas de argila cobrem as paredes dos lugares na Índia, igual à festividade hinú chamada Diwali. Além disso, as flores decoram as igrejas durante as missas natalinas.
A tradição de Babushka é própria da Rússia e, segundo a lenda, se trata de uma figura que reparte os presentes entre as crianças boas já que não foi ver Jesus junto aos outros sábios porque estava sentindo frio.
Cada país tem o seu costume, cada lugar tem a sua tradição, mas todos de um modo ou de outro comemoram o Natal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe, deixe seu comentário.