O líder máximo da linha ultra-conservadora do islamismo sunita da Arábia Saudita, Grão-mufti Abdul Aziz al-Sheikh, declarou de forma oficial que não há idade mínima para que os homens se casem com meninas. No Ocidente a prática seria vista como pedofilia e estupro. Casamentos arranjados entre o pai da noiva e o noivo são costumeiros entre os árabes.
Apesar dos esforços fracassados do ministério da justiça da Arábia para definir 15 anos como a idade mínima para o casamento, Abdul emitiu uma fatwa, espécie de decreto religioso. Como o grão-Mufti é presidente do Conselho Supremo do Ulema (estudiosos islâmicos), todos os seus ensinamentos tem força de lei no país governado pela sharia.
Na verdade, ele apenas repetiu uma fatwa de 2011 do Dr. Salih bin Fawzan, proeminente membro do mais alto conselho religioso da Arábia. Seu decreto afirmava que o casamento era possível, “mesmo se elas estiverem no berço.”
“Os ulemás concordaram que é permitido para os pais casarem suas filhas ainda pequenas. Mas não é admissível que seus maridos façam sexo com elas antes que sejam capazes de suportar sobre si o peso dos homens. Essa capacidade varia de acordo com a natureza de cada uma. Aisha tinha seis anos quando se casou com o profeta Maomé, mas ele só fez sexo quando ela tinha nove anos, ou seja, quando foi considerada capaz”, afirma o decreto, que cita ainda a sura 65 do Alcorão 65.
Mesmo entre os estudiosos islâmicos, o fato de Maomé ter se casado com uma criança é controverso. O especialista em Oriente Médio Raymond Ibrahim protestou em artigo no Middle East Forum. “As vidas de incontáveis meninas são devastadas todo ano por causa desse ensino”. Ele resgatou duas histórias recentes, de uma menina de 8 anos de idade que morreu na sua noite de núpcias, quando seu “marido” a estuprou. Também se referiu a uma menina de 10 anos de idade que fugiu de seu “noivo” de 80 anos e a família foi obrigada a devolvê-la.
As declarações feitas na Arábia sempre têm ampla repercussão pois o reino é o país onde fica a cidade sagrada de Meca. O site WND noticiou recentemente que homens ricos da Arábia Saudita estavam comprando meninas sírias nos campos de refugiados no Líbano e na Jordânia.
A maioria dos homens tem mais de 60 anos. Eles se aproveitam da lei sunita que permite o casamento temporário, e quando se cansam das meninas, muitas vezes as entregam a outros homens. Por cerca de 200 dólares eles conseguem noivas a partir de nove anos. Como as famílias dos refugiados estão desesperadas, acabam aceitando
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