quarta-feira, 9 de julho de 2014

Evangélicos marcham e jejuam pela reforma migratória

Evangélicos marcham e jejuam pela reforma migratória
Apesar do escasso avanço político nos últimos meses, segue adiante o movimento evangélico pró-reforma que beneficiaria a 11 milhões de indocumentados.

O passado 13 de novembro John Boehner, presidente republicano da câmera de representantes, jogou um jarro de água fria à pretensão de chegar a um acordo que desbloqueie no Congresso a reforma migratória neste ano.

Ainda que Boehner tem enfatizado posteriormente que as negociações privadas continuam e poderia se dar o acordo definitivo, os líderes cristãos que encabeçam o movimento pró-reforma mostraram sua decepção.

“Estou muito decepcionado por estes comentários”, dizia Samuel Rodríguez, presidente da Conferência e Líderes Cristãos Hispanos em Norteamérica (NHCLC), “mas ao mesmo tempo estou comprometido agora mais que nunca com esta causa e farei todo o possível para alentar um movimento de ativismo profético que impulsione a nossos líderes a permanecer firmes em aprovar uma reforma migratoria integral”.

Desde o 5 de novembro, Samuel Rodríguez está realizando um jejum de quarenta dias para apoiar a reforma migratória, um jejum ao que se uniram outros líderes e ministérios. Jim Wallis, fundador da revista “Transeúntes” realizou um chamado a orar na contramão da crescente polarização e o partidismo crescente nos Estados Unidos que, em sua opinião, afetam ao desenvolvimento de qualquer iniciativa.”Estamos aqui – disse em um encontro para motivar aos cristãos a comprometer na defesa do imigrante - para orar por um milagre”.

Barbara Williams Skinner, co-presidenta da Rede Nacional Afroamericana Cristã, uniu-se ao jejum. “Estamos jejuando com um espírito de esperança... Sabemos que Martin Luther King Jr., se estivesse aqui hoje, estaria conosco”.
MARCHA NO SEMINÁRIO FULLER

Desde o histórico Seminário Fuller dos Estados Unidos convocou-se na passada segunda-feira uma vigília de oração e uma marcha a favor da reforma migratória.

“Pela primeira vez em seus mais de 60 anos de existência o seminário organizou uma marcha oficialmente apoiada pela administração. Não só isso, senão que nosso novo presidente, Mark Labberton, foi parte finque da atividade”, conta Juan Francisco Martínez em seu blog em Protestante Digital.

Na marcha encontravam-se várias comunidades étnicas representadas no seminário, ao todo uns 250 estudantes, professores e pessoal do seminário que “cantaram, oraram e marcharam juntos”, conta Juan Francisco Martínez.

O seminário também tem admitido que aceita estudantes sem documentação legal. No ato, uma família deu depoimento sobre sua experiência de indocumentação. “Recordou-nos que há milhões de pessoas que precisam que alguém fale a seu favor e que outros estudantes em Fuller seguem estudando sem autorização legal”, explica o professor.

“Seguimos clamando para que Deus toque os corações dos políticos que não fazem por interesses políticos, ainda que muitos declarassem informalmente que sabem que se precisa uma reforma migratória”, finaliza Martínez.

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