terça-feira, 31 de março de 2015

China: pastor protestante condenado a 1 ano de prisão por se ter oposto à remoção das cruzes do edifício da igreja

Um pastor protestante foi condenado a um ano de prisão em consequência da decisão das autoridades de removeram as cruzes da sua igreja, em Pingyang.

O pastor, Huang Yizi, foi condenado pelo Tribunal Popular de Pingyang, província de Zhejiang, por ter " perturbado a ordem pública", como explicou o seu advogado que afirmou já ir recorrer da sentença. 

O caso tem praticamente um ano, quando, em Julho de 2014, Huang Yizi interpelou as autoridades sobre a agressão a mais de meia centena de paroquianos que procuravam impedir a remoção da cruz da fachada do templo.

Cerca de um mês mais tarde, o pastor acabou por ser detido pela polícia, sob a acusação de perturbação da ordem pública.

O julgamento, na passada terça-feira, atraiu uma pequena multidão junto ao tribunal, quase todos cristãos, na expectativa de saberem qual seria o veredicto do juiz, que acabou por ditar a condenação a um ano de prisão para o pastor protestante.

A remoção das cruzes das igrejas e templos tem ocorrido um pouco por toda a província de Zhejiang, sob o pretexto de       inconformidade com políticas de ordenamento urbanístico, mas, na realidade, tratar-se-á de uma forma camuflada de repressão do cristianismo, que tem vindo a ter um crescimento assinalável na região. Há relatos de que centenas de cruzes foram já removidas em igrejas  nesta província chinesa. 

A notícia da condenação do pastor Huang Yizi, vem avolumar o sentimento de perseguição à comunidade cristã pelas autoridades chinesas. Ainda no passado domingo, a  polícia prendeu, em Mudanjiang, no nordeste do país, dois sacerdotes, Shaoyun Quan, de 41 anos, e Jianyou Cao, de 43 anos, desconhecendo-se desde então o seu paradeiro.

Ambos os sacerdotes pertencem à chamada “Igreja clandestina”, fiel a Roma e não reconhecida pelo governo de Pequim, sujeitando-se, assim, a serem considerados como “criminosos” por estarem a desempenhar “acções ilegais”. 

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